quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Estudantes de moda participam de concurso sustentável em Sorocaba

Essa é a terceira edição do Sesi Cria Moda Sustentável. 
Inscrições podem ser feitas até dia 30 de agosto.

Estudantes da área de moda podem se inscrever no concurso Sesi Cria Moda Sustentável. É a terceira edição em Sorocaba (SP) para incentivar novos talentos. Podem participar estudantes da área de moda dos ensinos supeiror e técnico e também de cursos livres de escolas localizadas até 200 quilômetros de Sorocaba. As inscrições terminam nesta sexta-feira (30).
A agente de atividades sócios-culturais do Sesi, em Sorocaba, explica que o concurso foi criado para incentivar a sustentabilidade. "Os participantes vão ter que criar três desenhos com propostas de primavera/verão femininos apenas com elementos sustentáveis", diz Ana Cláudia Fagundes.
Para se inscrever é preciso levar até o Sesi os documentos pessoais e ficha de inscrição preenchidas. Os desenhos podem ser feitos a mão livre ou digitais. O concurso é realizado anualmente desde 2011.
Vão ser selecionados 15 desenhos com as melhores propostas sustentáveis e os escolhidos já têm data para apresentar os looks. "Os alunos vão ter até fim de outubro para confeccionar as peças para um desfile no dia 6 de novembro. Vão ser três ganhadores, o primeiro colocado vai ter a chance de publicar a roupa criada em uma revista da região. Os outros dois vão ganhar máquinas de costura, manequins e outros prêmios", diz Ana Cláudia.
Os desenhos dos outros dois vencedores vão ser publicados no site da revista. Outras informações pelo telefone (15) 3388-0441 ou pelo e-mail as29sorocaba@sesisp.org.br, com as professoras de Costura e Moda do SESI Sorocaba, Simone Basto e Regina Utima. O SESI fica na rua Duque de Caxias, 494, no bairro Mangal. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sesi.

Fonte: G1

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Senac Campinas recebe exposições de moda

O Senac Campinas recebe entre 26 de agosto e 26 de setembro, duas exposições: O Brasil na ponta do lápis: Alceu Penna, modas e figurinos e a Mostra Audrey Hepburn, que são vinculadas ao evento “Tempo e Criação”.

A exposição de Alceu Penna, um dos nomes mais importantes da história da moda no Brasil, apresenta os resultados da segunda edição do Projeto Figurino por meio da mostra de reproduções de croquis de figurinos e de moda, layout para imprensa e publicidade e réplicas realizadas a partir da interpretação de croquis de trajes para o dia a dia e figurinos propostos pelo ilustrador para carnaval, festa junina, musicais e cassinos. A exposição é composta por dois blocos interligados que visam frisar a interação entre pesquisa e ensino de moda.

Na exposição de Audrey Hepburn estarão expostos seis modelos de roupas usadas pela personagem no cinema, desenvolvidos pelas alunas e ex-alunas do Bacharelado em Design de Moda – habilitação em modelagem do Centro Universitário Senac. “A ideia da exposição é homenagear a atriz que, com sua beleza atemporal e elegância, virou um ícone no mundo da moda. O tubinho preto criado por Givenchy, famoso e imortalizado por ela no filme Bonequinha de Luxo, virou um clássico, entrando para o hall dos vestidos mais desejados desde os anos 1960 até hoje”, explica Valquíria Marques Ramos, coordenadora da área de moda do Senac Campinas.

Audrey Hepburn foi eleita em 2005 a mulher mais bonita e elegante de todos os tempos e destacou-se nos filmes Guerra e Paz, Sabrina, Bonequinha de Luxo, A Princesa e o Plebeu e Cinderela em Paris.

Além das exposições, no dia 30 de agosto, às 19 horas, o Senac recebe o estilista paranaense André Lima, que se tornou referência na área de moda e possui sua marca própria. Ele irá falar sobre o tema Trajetória e Processo Criativo.  

As exposições ficam abertas ao público de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 21 horas; e aos sábados, das 8h30 às 14h30 horas. O Senac Campinas fica na Rua Sacramento, nº 490 – Centro. Contato e informações pelo telefone (19) 2117-0600


Nota: o evento ‘Tempo e Criação’ acontece na unidade de 26 a 30 de agosto e engloba uma série de palestras e exposição gratuitas, com o objetivo de aproximar profissionais de fotografia, publicidade, rádio, design, computação gráfica e moda e discutir pontos de união entre as três áreas.

Fonte: Portal de Paulinia

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Setores da moda devem crescer em 2013, diz anuário

A previsão é que as indústrias de calçados, têxteis e confecções do Estado aumentem produções e ganhos

É promissora a expectativa de desempenho para a moda cearense neste ano. No setor de calçados, por exemplo, a previsão é que a produção cresça 7,1% em volume de pares e 9,5% em valores reais, chegando a 336,6 milhões de pares até o fim do ano e somando R$ 8,6 bilhões, conforme consta na edição 2012/2013 do Anuário da Moda do Ceará, lançada na última quarta-feira (21), pelo Diário do Nordeste, sob a coordenação da publicitária Márcia Travessoni.

Desfile no lançamento do Anuário da Moda, na última quarta-feira, trouxe uma amostra da força e criatividade do setor no Estado, com tendência de ampliar a representatividade na economia FOTO: FABIANE DE PAULA
Para têxteis e confecções, as projeções são de alta na produção para todos os segmentos, tanto em volume como em valor produzido. No segmento têxtil, a projeção é atingir 292,6 mil toneladas de fios, tecidos e malhas, com 4,6% de alta em relação ao ano passado. Considerando a produção de confecções, a estimativa é de 4,3% de alta, chegando à fabricação de 546,9 milhões de peças. Em valores, a previsão é que haja um crescimento de 8,2% no setor têxtil e 8,3% para os artigos confeccionados no Estado, resultando, respectivamente, nas somas de R$ 3,8 bilhões e R$ 8,2 bilhões.

De uma maneira geral, a publicação indica que a tendência para os três setores é ampliar a representatividade que possuem no contexto da economia do Ceará.

Empresas

Segundo o levantamento, entre 2008 e 2012, o número de empresas têxteis e confeccionistas em atividade no Estado saltou de 1.441 para 1.704 - revelando alta de 18,2%.

A expansão não foi somente quantitativa, mas também qualitativa, considerando o incremento na geração de postos de trabalho e, principalmente, na intensificação do processo de formalização. No mesmo período, o contingente de ocupados ampliou 14,6%, passando de 100,2 mil para 114,8 mil pessoas. Já o número de empregados formais teve alta de 17,9%, de 55 mil para 64,9 mil.

A performance foi ainda mais positiva para o setor de calçados que contabilizou aumento de 33,5% no número de empresas nos últimos cinco anos, de 2008 a 2012. Em termos de produção de pares de calçados, o aumento no período foi de 13,7%. Já na comparação feita com o ano anterior, (2011) houve alta de 13,8%, chegando a 314 milhões de pares no ano passado.

Mais atenção

Para o economista Henrique Marinho, o resultado da pesquisa deixa claro a importância desses segmentos para a economia cearense, ao mesmo tempo em que demonstra a pouca importância que as autoridades dão à sustentação dessas atividades como geradoras de emprego e renda. "É necessário ter políticas que estimulem as vocações econômicas do Estado, como os setores de calçados e têxtil, que já são tradicionais", defende. Com relação à articulação dos respectivos setores produtivos, o economista recomenda que eles montem estratégias de longo prazo para melhorarem a competitividade, exigindo dos governos federal e estadual políticas efetivas de incentivo à inovação e de crédito, bem como a redução da carga tributária. Henrique Marinho aconselha os setores a expandirem seu mercado externo, buscarem novos mercados e acompanharem as tendências da moda mundial.


Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Setores da moda já empregam mais de 194 mil

Diário lança 2ª edição do Anuário da Moda, que traça perfil do setor em âmbito local e revela dados importantes

Responsáveis por uma importante fatia das exportações do Estado, o setor têxtil, de confecção e calçadista já empregam 194,5 mil trabalhadores em todo o Ceará. O dado é apenas um dos muitos obtidos pelo trabalho de pesquisa da segunda edição do Anuário da Moda do Ceará, um produto do Diário do Nordeste que traça um completo perfil dos três setores em âmbito local. A publicação, datada como 2012/2013, foi lançada oficialmente ontem no Centro de Eventos do Ceará, durante o Concurso Ceará Moda Contemporânea.

Ruy do Ceará Filho, Ildefonso Rodrigues Lima Neto e Márcia Travessoni homenagearam a empresária Celeste Girão, da empresa Colmeia, durante o lançamento da 2ª edição do Anuário da Moda do Ceará foto: Fabiane de Paula

Organizadora da publicação, que conta com 250 páginas e tiragem de três mil exemplares, a publicitária Márcia Travessoni fala que 115 mil postos de trabalho são gerados apenas pelo setor têxtil e de confecção, enquanto 79,5 mil são oriundos da produção de calçados. Segundo ela, dados como esses ajudam a desenvolver a indústria cearense. “A publicação é muito importante porque é a única que traz essas pesquisas de forma clara e compacta. É um estudo valioso para vermos a força e a capacidade que os setores têm no Estado, ajudando a aperfeiçoá-los”, diz.


Travessoni revelou ainda a forma como o trabalho foi feito e o que os profissionais do ramo podem esperar da publicação. “A gente permeia toda a cadeia, desde as indústrias têxteis, do fio até as indústrias da confecção e vai até o comércio. O material dá ao profissional da moda ou para quem vai ingressar no segmento um panorama do que é e do que acontece no setor”, afirma.

Apresentação

Quem primeiro subiu no palco do Concurso Ceará Moda Contemporânea 2013 para apresentar a nova edição do Anuário foi o diretor editor do Diário do Nordeste, Ildefonso Rodrigues Lima Neto, que destacou o grande potencial do Ceará no mercado. “Somos um estado com capacidade para produzir bastante, até porque existe aqui uma concentração enorme de criatividade. Assim, lançamos pela segunda vez esse estudo segmentado, fruto de um trabalho de pesquisa muito elaborado, para que todos possam conhecer mais sobre essa indústria local”, pontua.

Ainda na ocasião, Ildefonso se juntou ao gerente geral de comercialização do Diário do Nordeste, Ruy do Ceará Filho, além de Márcia Travessoni para homenagear a fundadora da empresa Colmeia, Celeste Girão.

Informações detalhadas

O Anuário de Moda do Ceará traz pesquisas do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), revelando informações como número de empresas, empregabilidade e balanços de exportação e importação no Estado.

A edição também traz um resumo de cada segmento de confecções como moda praia, lingerie, infantil, surf wear, entre outros. Matérias e entrevistas com representantes de cada setor informando sobre gestão, inovação e sustentabilidade das principais empresas do Estado também integram a publicação. “Além deste retrato das principais empresas indicadas pelos sindicatos específicos, o anuário tem matérias sobre as escolas de moda e a profissionalização no Ceará”, diz Márcia Travessoni.

Expectativa positiva

Presente no lançamento do Anuário da Moda, o presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em geral do Estado (Sinditêxtil), Germano Maia Pinto, mostrou-se otimista quanto ao desempenho do setor, já que o dólar está em alta. “Com o câmbio forte, as importações são combatidas e as exportações incentivadas”, afirma.

O QUE ELES PENSAM

Uma radiografia fundamental

O Anuário da Moda é uma ferramenta de suma importância para o setor que atuamos porque mostra de forma bem detalhada a radiografia da nossa realidade, o que nos permite fazer um melhor planejamento de negócios e projetar resultados. É um estudo que vem ao encontro às necessidades do mercado e que tem que ser cada vez mais incentivado.

Marcus Venicius Rocha
Presidente do SindConfecções

Esse estudo complexo que está em sua segunda edição é fundamental para o setor têxtil porque expõe o Ceará de uma forma glamourosa e profissional para o restante do Brasil. Mostra tudo que temos de bom para dar ao mercado enquanto confeccionistas e profissionais da moda em geral. Espero que essa ferramenta só cresça e nos forneça ainda mais dados importantes

Germano Maia Pinto
Presidente do Sinditêxtil

Para nós que trabalhamos nesse segmento específico é sempre importante contar com projetos como o Anuário da Moda do Ceará. Isso porque um estudo como esse nos fornece subsídios e números que dimensionam o tamanho do setor, o que nos permite trabalhar mais forte e mostrar a capacidade da indústria para o governo. É um trabalho fundamental.

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Vestidos das princesas Disney serão leiloados em Londres

Versões feitas por estilistas renomados enfeitaram as vitrinas da Harrods

Versões dos vestidos das princesas da Disney assinadas por nomes como Oscar de la Renta, Missoni, Versace e Valentino irão a leilão em novembro na Christie's, em Londres.
Foto: Disney / Divulgação

Foto: Divulgação
Os modelos enfeitaram as vitrinas da loja de departamentos Harrods em uma ação de Natal, em 2012, e fizeram brilhar os olhos dos fãs das heroínas de Walt Disney. E o mais bacana é que o lucro obtido com os lances será revertido para o hospital Great Ormond Sreet.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação
Fonte: Zero Hora

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Veja como funciona a roupa de neoprene camuflada que engana tubarões

A tecnologia procura evitar os ataques a partir de sinais visuais ameaçadores ou que confundam os peixões
Foto: SAMS / Divulgação

Surfistas, mergulhadores e banhistas acabam de ganhar um artefato mágico contra o predador mais temido dos mares. Se os cientistas da University of Western Australia e os designers da Shark Attack Mitigation Systems (SAMS) estiverem certos, as roupas que você vê ao lado enganam a visão dos tubarões. A tecnologia, baseada na descoberta de que esses animais veem, basicamente, em preto e branco, procura evitar os ataques a partir de sinais visuais ameaçadores ou que confundam os peixões.
– Tubarões se interessam em contraste puramente acromático contra a paisagem. A partir disso, pudemos especificar um espectro de reflexão para que as roupas se camuflassem na paisagem aquática percebida pelos tubarões em diferentes condições - afirmou ao Planeta Ciência o líder do estudo, professor Nathan Hart.

Segundo os pesquisadores, a visão é o sentido crucial no estágio final de um ataque, que pode ser desviado ou atrasado caso a percepção visual do animal estiver comprometida. 
Arte: Henrique Tramontina / Agência RBS


"Animais estão estigmatizados", diz pesquisador
Bruna da Silva Gobbi, 18 anos, morreu no último 22 de julho, vítima de um ataque de tubarão na Praia de Boa Viagem, no Recife. Desde 1992, somente no litoral pernambucano, foram 59 os ataques, sendo 24 fatais. Mas é possível que essas fatalidades tenham acontecido por falha humana. Naquela região, por exemplo, a ampliação do Porto de Suape fez com que grande parte desses animais migrasse para praias muito frequentadas por turistas.

Carlos Lucena, biólogo e pesquisador do Laboratório de Ictiologia do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, lamenta que os "raros ataques não-provocados" (veja ao lado) reforcem a ideia equivocada do "tubarão assassino".

– Os tubarões estão estigmatizados pelo grande publico, à medida em que eles foram sempre apresentados como "vilões". Tanto as causas quanto o número de ataques não condizem com a fama alcançada por esses animais. O desenvolvimento científico e tecnológico e o aumento da população mundial parecem ser questões irreversíveis e precisam andar juntas com a conservação do meio ambiente – afirma Lucena, apontando que a relação homem-tubarão deve ser incluída em uma política de desenvolvimento sustentável.

Segundo o biólogo, a solução não passa apenas por regras de segurança para banhistas, mas também pela preservação de hábitats marinhos.

– Seria outra forma de demonstrar respeito a quem habita originalmente o local há milhares de anos – conclui.
Arte: Henrique Tramontina / Agência RBS

Fonte:  Zero Hora

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Moda Sustentável: Nunca sai da moda

Conheça o movimento que investe em tecidos naturais e promove técnicas que protegem o meio ambiente
 

Crédito: Shutterstock

Anualmente, consumimos quilos e mais quilos de tecidos. Seja em roupas, acessórios ou artigos para a casa, os tecidos fazem parte do nosso dia a dia e causam um impacto maior do que podemos imaginar.
No entanto, em tempos em que muito se fala sobre sustentabilidade, existem empresas preocupadas com a responsabilidade social e com os efeitos que sua produção pode causar no meio ambiente e na vida das pessoas. Desde a escolha das matérias-primas até o descarte das peças após o uso, existem roupas que foram pensadas para minimizar os impactos no mundo em que vivemos.
Dessa maneira, conheça melhor os princípios nos quais consiste a moda sustentável, fique por dentro dos materiais utilizados na produção das peças e veja dicas de como levar uma vida mais ecológica e em harmonia com o meio ambiente.

O processo sustentável

Em uma definição direta, o STEP (Sustainable Technology Education Project) diz que moda sustentável é a produção de roupas que leve em consideração o meio ambiente, a saúde dos consumidores e as condições dos funcionários empregados na indústria.
Para entender um pouco melhor como esses princípios funcionam na prática, o TodaEla conversou com a designer de moda Hieda Oviar, responsável pela marca paranaense Irmãs Green, que explica como funciona o processo de produção de roupas e acessórios de moda sustentáveis.
Hieda começa nos contando que o que a levou a trabalhar nesse ramo foi o prazer em oferecer para as pessoas produtos cujo conceito fosse ético e sustentável. Segundo ela, a motivação também vem das pequenas mudanças de atitude que, além de trazerem satisfação pessoal, revelam resultados positivos para a coletividade.

 

Crédito: Shutterstock

Na hora de criar as coleções para sua marca, a estilista revela que busca maneiras de causar o menor impacto possível. Entre as matérias-primas utilizadas, a empresa recorre a alternativas naturais, cujo cultivo não faz uso de agrotóxicos, como os tecidos orgânicos, e opções que promovam a reciclagem, como é o caso das garrafas PET.
Na lista de materiais estão tecidos e malhas recicladas mescladas ao poliéster de garrafa PET, tecidos e malhas orgânicas, tecidos naturais – como o linho e o bambu –, couro ecológico e jeans reciclado com poliéster de PET. Além disso, a marca reaproveita resíduos têxteis de coleções anteriores e compra retalhos de microempresas familiares de Curitiba.
Sobre os problemas em se fazer moda consciente atualmente, Hieda Oviar cita que a falta de um grande leque de matérias-primas sustentáveis é o principal empecilho. “Mesmo não sendo possível nos dias de hoje fazer uma roupa 100% sustentável, já podemos observar um crescimento da indústria e de matérias-primas têxteis. Com a ajuda do desenvolvimento da tecnologia têxtil e da moda sustentável, esperamos ver em um futuro próximo a possibilidade de termos um produto cada vez mais eficiente, reduzindo ainda mais os impactos ao meio ambiente”, explica ela.



Crédito: Shutterstock
Sobre a coloração – processo que costuma envolver a liberação de substâncias químicas no meio ambiente –, a designer comenta que os tecidos utilizados já vêm coloridos de fábrica. No entanto, a empresa tem o cuidado de se certificar da responsabilidade ambiental de seus parceiros: “Buscamos tecelagens e malharias que utilizam selos verdes, o que garante o engajamento sustentável da empresa e a eficácia do produto final”, relata Hieda.
Depois de todo o processo criativo de elaboração das peças de uma coleção, a estilista conta que as roupas são cortadas e costuradas em facções de costura parceiras da empresa. Também nessa fase de produção, Hieda mostra que existe uma preocupação na redução de impacto ambiental, sem deixar de levar em conta a mão de obra empregada. Ela ressalta que a empresa trabalha dentro de um sistema que visa “comércio justo e condições satisfatórias de trabalho envolvendo todos os fornecedores da cadeia de produção”.
Para além do ateliê, a estilista aponta que as clientes que procuram a marca estejam buscando o mesmo ideal que fez com que ela trabalhasse com moda sustentável. Além da parte estética, Hieda acredita que exista um interesse ético – tanto social quanto ambiental – nos produtos. Em geral, quem entra na loja busca saber a procedência e a responsabilidade envolvidas em todo o processo.

Os impactos da indústria têxtil e o futuro da sustentabilidade

Dificilmente pensamos quantos litros de água são necessários para produzir um jeans ou talvez nunca tenhamos parado para imaginar onde vão parar todas as roupas que descartamos periodicamente. Quando se fala em moda sustentável, os especialistas da área realizam diversos estudos e financiam pesquisas para medir os reais impactos da moda no mundo.
Natalia Allen é designer de moda, especialista em novas tecnologias sustentáveis e um dos nomes internacionais frequentemente associados a esse tipo de pesquisa. Em uma palestra promovida pelo EcoSpeakers – um bureau de especialistas de diferentes áreas da sustentabilidade –, a estilista aponta os reflexos que a produção têxtil de massa tem na vida de todos nós.
Entre os dados apresentados por Allen, estão os seguintes números:
  • 25% dos inseticidas utilizados no mundo estão diretamente envolvidos com a plantação de algodão
  • Aproximadamente 8 mil substâncias químicas são utilizadas para produzir uma única peça de roupa
  • Para produzir uma calça jeans, são necessários 1,4 mil galões de água, enquanto uma camiseta utiliza 800 galões de água
  • Em geral, uma peça de roupa será usada por apenas seis meses
Mais algumas informações sobre o impacto da indústria podem ser encontradas no site do Conselho para Reciclagem Têxtil (Council for Textile Recycling UK), da Inglaterra:
  • Anualmente, os americanos descartam cerca de 31,7 quilos de roupas e tecidos por pessoa
  • É possível reciclar 95% de todo o tecido descartado no mundo
 
Crédito: Shutterstock


A designer também ressalta que as empresas que trabalham com moda sustentável não devem se preocupar apenas com as matérias-primas e o processo de produção das peças. Um dos principais pontos é pensar no caminho da peça depois que ela sai da loja. Uma moda consciente também precisa criar roupas que durem mais tempo e resistam a muitas lavagens, secagens e desgastes naturais.
Entre as soluções para amenizar os efeitos na vida de todos nós, atualmente os especialistas se concentram em desenvolver tecidos mais resistentes, mais duráveis e que possam ser lavados a seco, evitando o uso excessivo de água. A especialista também fala sobre as revolucionárias impressoras 3D. Famosas por reproduzirem objetos sólidos com perfeição, as máquinas estão sendo testadas para imprimir roupas em materiais leves e maleáveis. Esse tipo de tecnologia criaria peças perfeitas, evitando qualquer tipo de desperdício de material.

Moda sustentável em todos os cantos do Brasil

Com a facilidade da internet, não tem por que não dar um upgrade no guarda-roupa com peças sustentáveis. Conheça algumas empresas nacionais que também se preocupam com o futuro e investem na produção de roupas e acessórios conscientes.
Ecorreto Moda (Goiás)
 
Crédito: Divulgação – Ecorreto Moda


Moda masculina, feminina e infantil feita com algodão orgânico e malhas produzidas com garrafas PET recicladas.
Camiseta feita de PET (São Paulo)
Como o próprio nome já diz, a empresa é especializada em peças confeccionadas com tecido de PET reciclado e algodão. Além das camisetas, é possível encontrar ecobags.
Mr. Fly (Minas Gerais)
 
Crédito: Divulgação – Mr. Fly


Camisetas masculinas e femininas – além de muito divertidas – são o ponto forte da marca. As peças são confeccionadas em algodão e poliéster reciclado de PET.
Será o Benedito (São Paulo)
 
Crédito: Divulgação – Será o Benedito


A empresa possui uma linha de produtos com bolsas, malas e camisetas confeccionadas a partir da reciclagem de pneus e garrafas PET, além do uso de algodão orgânico.
Onng (Mato Grosso)
 

Crédito: Divulgação – Onng

Produzindo moda sustentável desde 2003, a Onng utiliza materiais como palha, couro vegetal, algodão orgânico e tecido de PET para confeccionar camisetas e acessórios.
Infância Orgânica (São Paulo)
 

 
Crédito Divulgação – Infância Orgânica
Feita especialmente para os pequenos, a Infância Orgânica trabalha apenas com malhas confeccionadas com 100% de algodão orgânico.

Fonte: Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry